Capítulo 15
1080palavras
2022-12-02 15:52
Ponto de vista de Ashley
"Não se preocupe, papai, vamos pegar uma carona com Ryan depois da escola", disse antes de fechar a porta do carro. Então as janelas abaixaram.
"Não se esqueça que está de castigo, mocinha, então não volte tarde para casa, ele avisou.
Revirei os olhos antes de ajustar minha bolsa e respondi, "Eu sei, pai", e bufei.
Arden saiu do carro, batendo a porta com mais força do que precisava.
"Que bebêzinho", ele zombou e mostrou a língua quando olhei para ele brava.
Papai se virou para encará-lo e sorriu. Ele disse: "Tchau para você também, filho, não se meta em encrenca."
Ele provou Arden, que grunhiu baixinho e acenou com a cabeça.
Ele odiava quando o papai o provocava em público, não que alguém estivesse prestando atenção, ou estivessem?
"Cuide do seu irmão, Ashley", ele exotou antes de nos dizer que nos amava, e foi embora. Fique vendo o carro desaparecendo e suspirei, me virando.
"Não entendo por que papai sempre pensa que estou causando problemas, sou totalmente inocente", ele resmungou piscando para uma menina loira mais velha que estava passando. Arqueei uma sobrancelha antes de caminhar até a entrada da escola com ele ao meu lado.
"Sim, menino inocente, tá bom", desdenhei segurando as alças da bolsa com muita força.
De alguma forma, senti que havia muitos olhares sobre mim. Era normal para Arden, mas para mim era incomum.
"O que eu sou?", ele questionou, e suas pernas longas pareciam fazê-lo andar mais rápido do que eu.
"E todas as ligações que mamãe e papai recebem por causa de você? As pegadinhas estúpidas de Liam também não são exatamente inocentes", respondi e olhei em volta.
Havia muitas pessoas amontoadas do lado de fora da escola. Alguns estavam sussurrando entre si e olhavam para mim. Me contorci com o desconforto e agarrei as alças com mais força.
"Ei, as pegadinhas foram lendárias!", Arden proclamou antes de olhar ao redor. Ele deveria ter visto como o pessoal estava me olhando porque ele estava confuso, com as sobrancelhas franzidas.
Desconfiado, ele se virou para mim e ergueu uma sobrancelha só, perguntando: "O que fez ontem a noite?"
Fiquei assustada com a pergunta e me afastei dele. Coloquei o cabelo atrás da orelha, olhei para frente e abri as enormes portas de madeira da escola.
"O que quer dizer? Não fiz nada." Dei de ômbros e continuei andando em direção ao meu armário. O sinal estava prestes a tocar e eu realmente não queria me atrasar para a aula de biologia.
Os corredores estavam cheios de adolescentes transbordando hormônios enquanto passávamos. Alguns estavam cuidando de suas vidas, mas a maioria parecia focar em mim.
Com uma súbita determinação de sair do radar, caminhei o mais rápido para o meu armário. Suspirei aliviada quando finalmente nele. Com dedos ágeis, segurei o cadeado e inseri os números corretamente até que ele se abri rapidamente.
Arden ainda estava ao meu lado e se apoiou no armário ao lado do meu. "Fez algo para olharem assim para você, Ashley. É algo do qual eu deveria me envergonhar?"
Me virei para encará-lo e comecei a guardar alguns dos livros de qualquer forma, sem me importar. "Não fiz nada, beleza?" Gritei com firmeza.
Então, de repente, a imagem de Blake me beijando passou por minha mente e, instantaneamente, senti minha garganta ficar seca.
Eu podia sentir o fluxo sanguíneo se acumulando nas minhas bochechas, me deixando corada.
Não foi essa desafio, foi?
Não estavam bêbados demais para se lembrar do que aconteceu?
Arden estreitou o olhar e resumiu: "Você fez alguma coisa!"
"Safadinha", uma voz muito familiar sussurra ao meu lado, em tom de brincadeira.
Percebendo a pessoa, Arden grunhiu irritado antes de revirar os olhos.
"E o diabo chegou", ele sussurrou entediado.
"Você não é um anjo, Arden!" Rosalie disparou antes de voltar sua atenção para mim.
Grunhi batendo a cabeça no armário frio. Mas logo me arrependi de ter feito isso quando senti uma dor.
"Essa conversa está chata, vou procurar o Liam", Arden anunciou antes de passar por nós na direção oposta para ir para a aula.
"Liam está na quadra, idiota", Rosalie gritou para ele e ele deu o dedo do meio. Revirei os olhos. Esses dois nunca se deram bem, embora nos considerássemos primos.
"Sabe que eu não entendo porque você e Arden discutem tanto, somos primos", disse a ela fechando o armário. Me virei e apoiei as costas no metal frio.
Ela usava o uniforme de líder de torcida da escola. Seu cabelo loiro era perfeitamente encaracolado.
Ela tinha cílios longos pintados de rímel, que adornavam seus olhos cor de mel.
Ela era linda e definitivamente sabia disso.
Ela deu de ombros e disse: "Acho que seu irmão e eu simplesmente não nos damos bem. É um ódio mútuo mesmo."
Então envolve seu braço em volta do meu e começou a me arrastar até a minha aula. "Agora pare de tentar mudar de assunto. Diga, como foi?"
"Como foi o quê?", perguntei com uma cara fria e contida.
Ela bufou e disse: "Como foi o beijo com o cara mais gostoso da escola? Ele colocou a língua..."
"Beleza, pare!" Parei completamente e me virei para ela.
Ela parecia pronta para estourar balões e comemorar. Mas o que estava acontecendo?
"O que ouviu exatamente?", perguntei sussurrando abafado enquanto meus olhos disparavam ao redor.
Me senti menor do que o normal. Eu não era mais invisível. E eu odiava isso.
"Ah, nada, só que você finalmente beijou Blake ontem à noite!" Ela deu um gritinho e um leve salto.
Meu coração quase pulou pela garganta e, de repente, me senti exposta aos olhos julgadores de todos.
"Como ficou sabendo disso?", sussurrei. Era sobre isso que cochichavam?
"Ouvi de uma das garotas do time, na verdade, toda a escola está falando sobre isso. Não se preocupe, dei um tapa em uma daquelas vadias que falaram mal..."
"A escola inteira?", respondi suspirando interrompendo ela.
O sinal tocou e Rosalie gemeu de irritação.
"Odeio esse sinal", ela disse, então sorriu e piscou. "Nos falamos mais tarde, prima, e eu queremos cada detalhe", ela finalizou e se virou para caminhar em direção a sua aula.
Ela tinha a mesma idade de Arden, mas agia como se eu fosse a mais nova.
Fiquei lá olhando para ela desaparecer dentro da sala de aula.
Me senti petrificada com os olhares de julgamento e desgosto que todos lançavam quando passaram por mim não muito gentilmente.
Todos sabiam.