Capítulo 33
1149palavras
2023-01-31 20:26
Marius fitzy narrando:
Os olhos de Victoria brilhavam.
Desde que ela me falou que nunca tinha ido a um cinema não parei de pensar nisso, então passei a semana organizando essa surpresa.
Era só pra alugar todo o cinema mas eu acabei comprando ele para Victoria, ela vai me matar por isso.
Tive que fazer tudo no sigilo mas eu não sei disfarçar muito bem e ela pode ter me achado com um comportamento estranho, enfim, passei tudo para o nome dela e todo o lucro do cinema irá para uma conta que fiz exatamente pra a mesma.
Ela que irá descidir o que fará com o dinheiro.
Mas ela não precisa saber disso agora.
- Vamos amor _segurei sua mão e ela assentiu.
Entramos e andamos pelo tapete vermelho da entrada, seguimos pelo corredor até uma sala privada.
- Nossa _disse ela colocando as mãos sobre a boca surpresa.
A sala era enorme, bem em frente a grande tela tinha duas poltronas, ali tinham vários chocolates,pipocas e refrigerante, eu sei que Victoria adora essas coisas.
Puxo ela suavemente até nossos acentos e nos sentamos, ela estava super encantada com tudo aquilo.
- Qual filme iremos assistir? _me perguntou.
- Um que está fazendo muito sucesso, ainda não vi mas estou ansioso por isso _falei_ ele se chama continência ao amor.
- Sobre o que fala esse filme?
- Fala sobre uma cantora que se casa por conveniência com um militar prestes a ir para a guerra, mas uma tragédia transforma esse relacionamento de fachada em realidade _comentei, eu fiz uma rápida pesquisa e confesso que gostei.
- Interessante _disse animada.
O filme começa a passar e nos concentramos nele, Victoria olhava tudo super curiosa e escantada, estávamos de mãos dadas e usavamos a outra mão para comer.
Depois de mais de duas horas finalmente o filme acaba.
- Gostou? _perguntei.
- Foi perfeito _disse emocionada_ eu amei, se tornou meu filme preferido.
- Que bom, eu também gostei muito _falei.
Ela se levantou de sua poltrona e se sentou em meu colo.
- Eu te amo _disse.
- Eu te amo mais ainda _falei lhe roubando um selinho.
Abracei sua cintura e senti seus carinhos em meu cabelo.
- Temos um bom tempo antes de voltar pra casa _falei_ quer andar um pouco? Podemos comer algo em algum restaurante.
- Eu tenho uma ideia melhor _disse se levantando do meu colo e segurando minha mão_ vem.
Saímos do cinema e seguimos andando pela calçada, as ruas estavam bem movimentadas enquanto as várias pessoas andavam apressadas.
Victoria me puxou até um carrinho de cachorro quente, o dono do carrinho sorriu carinhoso pra ela.
- Olá Jhon _disse Victoria.
- Pequena Vic _disse_ nunca mais te vi, que bom que está bem.
Eles se abraçaram.
- Esse é meu namorado Marius _disse ela me apresentando.
O homem me olhou como se nunca tivesse visto ninguém igual, deve ser por que estou vestido igual um riquinho, mas que culpa eu tenho.
- Prazer em conhecê-lo _disse estendendo a mão para que eu a pegasse, nos cumprimentamos.
- Eu quero dois cachorros quentes bem gostosos Jhon _disse Victoria.
- Sairá em um minuto _disse começando a preparar nossos lanches.
Após finalizar o mesmo nos entrega e eu o pago.
- Vem, vamos sentar ali _disse segurando minha mão e me puxando em direção a um banco.
- Eu nunca comi cachorro quente na rua, ainda mais em uma praça _falei mordendo meu lanche, estava muito gostoso por sinal.
- Deixe-me adivinhar, você sempre comia caviar em restaurantes de luxo? _disse me fazendo ficar calado.
O que eu iria falar? Eu realmente cresci frequentando restaurantes de luxo.
- Espera, eu acertei? _disse.
- Sim, mas não é bem assim _tentei me defender_ eu frequentava, quer dizer, ainda frequento mas não como caviar, sou alérgico.
- Então você só não come por que tem alergia? _disse me encarando.
Sorri.
- Isso está muito bom _tentei mudar de assunto.
- Realmente _disse ela_ eu sempre comia aqui, isso praticamente era minha refeição.
- Você não comia em casa? _perguntei.
- Nem sempre tinha comida, eu tentava colocar comida em casa mas eu não ganhava muito e precisava juntar alguma quantia para futuramente sair daquele lugar _disse pensativa_ eu precisava economizar, e os lanches do Jhon eram bem baratinhos, depois aconteceu vários problemas e veio a gravidez, acabei não vindo mais aqui.
- Não gosto de saber o quanto você já sofreu... Isso me deixa mal _falei tristemente.
- Não fique, afinal eu consegui superar tudo _disse sorridente.
- Me conte qual são seus sonhos, algo que você sempre quis porém não conseguiu realizar _perguntei, isso foi uma ótima jogada, assim saberei todos os sonhos dela e tentarei realizá-los.
- Eu sempre quis viajar pelo mundo, ver as pirâmides, andar de camelo _disse me fazendo gargalhar.
- Andar de camelo?
- Não ri de mim, deve ser legal _disse brava.
- Certo, conte-me mais _falei.
- Sempre quis aprender a dirigir e a dançar balé _disse dando uma risadinha_ bem criança, né?
- Estou achando legal, continue _falei.
- Eu sempre quis voar de balão, sempre fiquei curiosa pra saber qual é a sensação de estar lá no alto.
- E o seu sonho de trabalho? _perguntei.
- Eu sempre quis ser arquiteta _disse, seus olhos brilharam ao falar.
- Nunca é tarde para realizar seus sonhos _falei_ você pode voltar a estudar.
- A Helena é muito novinha ainda... _disse e eu a interrompi.
- Você está fazendo da nossa filha um problema, como se ela impedisse você fazer o que quer, ela é importante pra todos nós mas você também precisa viver _falei_ você não está sozinha, tem eu, a minha mãe, Eliza, posso contratar uma babá para ficar com ela enquanto você estuda e eu trabalho.
Fiz carinho em seus cabelos.
- Eu vou pensar nisso _disse e eu assenti.
- Vamos voltar? _perguntei.
- Vamos, já estou com saudades da nossa princesa _disse.
- Eu também _me levantei estendendo minha mão para ela que a pegou.
Seguimos caminho pela praça de mãos dadas, eu nunca andei assim... Como uma pessoa normal, sem fotógrafos, sem ninguém ao meu redor me sondando por eu ser um rico empresário, aqui com a Victoria eu sou apenas o Marius.
Chegamos no carro e eu abro a porta pra ela que sorri, a mesma me dá um selinho antes de entrar, dou a volta e entro em seguida.
Dou partida no carro e levo minha mão até a coxa de Victoria onde a seguro firme, ouço seu suspiro e sorriu.
- Quero logo chegar em casa para te fuder todinha _falei, sorriu sacana quando sinto ela esfregar suas coxas.
- Estou tão necessitada de você _disse ela ofegante, sinto sua delicada mão passar pela minha coxa e logo pela minha ereção já presente.
Será uma longa noite.