Capítulo 26
1236palavras
2023-01-29 23:17
Marius fitzy narrando:
- Oi irmão _falei.
Ele me olha mas não diz nada, vejo o mesmo baixar o olhar e encarar a sua perna.
- Não vai falar comigo? _me sento ao seu lado.
- Pode dizer... _murmurou.
- Dizer o quê?
- Que eu sou um idiota, babaca e que mereci tudo isso que está acontecendo _disse me olhando.
Seus olhos me olhavam atentamente, neles haviam vários sentimentos mas trocavam tão rápido que eu não sabia o que ele estava sentindo.
- Você é realmente um babaca e idiota _falei_ mas eu nunca iria desejar que algo de ruim acontecesse com você.
Ele abaixou a cabeça.
- Como anda seu tratamento? _perguntei.
- Estou fazendo fisioterapia, minha prótese está pronta mas ainda estou me adaptando a ela _murmurou.
- Nossa mãe tinha comentado que está indo no psiquiatra _falei.
- Sim, a Dr. Sofia acha que tenho transtorno de personalidade borderline _disse_ mas ela ainda não chegou a um resultado concreto, também tivemos poucas consultas.
- Você precisa continuar indo as consultas, isso pode ser perigoso para você e para quem está ao seu redor _falei_ lembrando que por causa disso você quase morreu e quase levou minha namorada junto.
- Namorada? _perguntou.
- Sim, eu me apaixonei por Victoria _falei_ ainda tem minha filha.
- Ela é realmente sua filha? _perguntou.
- Sim, e está tão linda _falei e em seguida sorri ao me lembrar da coisinha rosa.
- Você parece feliz _disse.
- E eu estou, muito feliz _falei sorridente ao lembrar delas_ eu nunca estive tão feliz em toda minha vida.
Ele ficou em silêncio, mas tinha uma coisa que eu precisava saber.
- Por que você fez aquilo? Por que sequestrou ela?
- Eu... Eu não sei direito _murmurou_ na primeira vez que vi ela aqui na empresa, a mesma queria falar com você e eu acabei me irritando, tudo piorou depois que ela do nada começou a entrar em nossas vidas... Ela começou a colocar vocês contra mim.
- Ela não colocou ninguém contra você _falei.
- Não colocou? Depois que ela apareceu vocês começaram a me tratar mal e me abandonaram _disse_ ainda por cima queriam me levar a um psiquiatra por que disseram que eu estava louco.
- Ninguém te abandonou Cristian, e a gente começou a te repreender por causa dos seus atos, pois não é de hoje que você vem agindo feito um idiota _falei_ e o psiquiatra, queríamos te levar nele por que queríamos o seu bem, olha, se você tivesse ouvido a gente nada disso teria acontecido e hoje você estaria bem e não teria perdido uma perna.
Ele ficou calado.
- E olha onde estamos agora, você está indo para um psiquiatra que acabou de descobrir seu transtorno de personalidade _falei sério enquanto passava as mãos pelos meus cabelos_ você poderia ter evitado isso.
- Tá, já entendi _disse.
- Eu não terminei, você estava drogado e completamente fora de si, você nunca foi de usar drogas Cris _segurei seu rosto entre minhas mãos_ Você sempre foi uma pessoa que gostava de ficar sozinho, gastava rios de dinheiro e saía com diversas mulheres, mas droga nunca te vi usar, porra.
- Sabe por que eu sempre ficava sozinho? Não era por querer, nossos pais sempre estavam ocupados _disse_ quando eu ia procurar eles, os mesmos estavam te dando atenção por você ser o mais velho e estar assumindo a empresa, ou estavam dando atenção a Eliza por ser a mais nova. Mas e eu? Eu comecei a comprar coisas para suprir aquela solidão, eu comecei a sair com várias mulheres por que o sexo me fazia esquecer o que eu estava passando.
- Por que não nos falou? Eu sempre fui seu irmão, seu melhor amigo _falei.
- Você sempre estava ocupado com a empresa, só que quando nosso pai resolveu me colocar lá para ser o vice-presidente, todos vocês começaram a me dar atenção, eu gostei tanto de recebê-la que acabei ficando com medo de perdê-la, então quando vi a sua namorada pela primeira vez, eu senti que ela poderia me fazer perder a atenção de vocês, e foi o que aconteceu, eu fiquei possesso de raiva, o medo de perder a atenção de vocês foi tão grande que o excesso de sexo e a gastação de dinheiro não estava ajudando, eu comecei a usar drogas na intenção de que aquilo me fizesse para de sentir o que eu estava sentindo, eu estava fora de mim, e achei que sequestrando ela e a levasse embora vocês voltaria a me dar atenção...
- Mas você nunca perdeu nossa atenção, a gente nunca te abandonou como você está falando.
- Tenta fazer esse pensamento entrar na minha cabeça, meu corpo só obedece ao seus comandos _disse_ e normalmente eu ando pensando muita merda.
- Certo, você errou e errou feio _falei_ mas espero que agora você aprenda com isso e se torne uma pessoa melhor.
- Como estão os meus meninos? _disse mamãe entrando no quarto.
- Estamos bem, não brigamos _falei_ só conversamos.
- Que bom, seu pai estava pronto pra invadir esse quarto _disse ela me fazendo rir.
- Não é pra tanto, acho que Cristian já aprendeu algo com tudo isso _falei.
Meu irmão continuava em silêncio.
- Agora eu preciso ir, Victoria disse que iria fazer um jantar especial pra mim _falei olhando as horas, o tempo passou tão rápido que nem percebi_ Ah, ela te mandou um beijo.
- Diga que mandei outro, fale pra ela que amanhã irei visitá-la e que ajudarei ela a escolher a cozinheira _disse.
- Certo.
Andei até Cristian e me sentei ao seu lado.
- Posso te dar um abraço? _perguntei abrindo meus braços.
Ele assentiu e me abraçou.
Mesmo fazendo tudo o que fez ele ainda é meu irmão, posso ficar com raiva, querer matá-lo, mas foi no momento da raiva, Cristian tem problemas e se brigarmos com ele agora só irá piorá-los.
Me afastei de Cristian e andei até minha mãe, abracei ela e beijei sua testa, antes de ir embora fui me despedi do meu pai.
[...]
Victoria Becker narrando:
Termino de colocar a comida na mesa e espero ansiosamente Marius chegar, Helena está dormindo.
Eu dei banho nela, dei de mamar e logo a mesma dormiu, recebi uma mensagem de Marius falando que já estava chegando.
Sim! Agora eu tenho um celular, Marius me presenteou com um, eu queria muito poder falar com Joana e dizer a ela que estamos bem, e que estou muito feliz, mas infelizmente não sei o número dela.
- Amor _ouço a voz de Marius e ando ao seu encontro.
- Que bom que chegou _fiquei na ponta dos pés e lhe dei um selinho.
Sinto o chão se afastar dos meus pés quando Marius abraça minha cintura e me gira do ar.
- Vamos jantar? _falei.
- Vamos, estou ansioso para subirmos e usarmos aquela hidromassagem.
Minhas bochechas ficam vermelhas ao lembrar o que vamos fazer.
- Eu amo quando você fica envergonhada _disse mordendo meu lábio depois de um selinho rápido_ está pensando no que vamos fazer?
Assenti, logo senti seu membro duro na minha barriga.
- Eu também estou pensando _disse esfregando sua enorme ereção em mim.
Gemi no seu ouvido.
Então nos afastamos e fomos jantar, precisaríamos de muita energia para depois gastá-las em um bom sexo na hidromassagem.