Capítulo 10
704palavras
2022-08-15 21:48
Logo após a festinha, cada uma foi se recolher em seu quarto. A casa de Dayane tinha três quartos e deixou o maior para Helena, pois achou que ela viria com o namorado. Ela iria tratar de negócios amanhã cedo, mas não conseguia dormir. Não conseguia parar de pensar no que o canalha do Luiz havia feito. Ela ainda estava com a camisola vermelha, quando resolveu se sentar na varanda de seu quarto para observar a cidade. 
Ela ficava o imaginando ali do seu lado, admirando a luz do luar, como faziam em seu apartamento. Ele passava a mão em seus cabelos, enquanto a beijava. Como ela adorava isso... começavam com um selinho, depois outro e depois partia para um beijo quente e cheio de desejo, acompanhado de um abraço forte e ao mesmo tempo suave, pois ela era delicada e Luiz tinha medo de machucá-la. 
Mas não conseguia conter o desejo de possuí-la. Ela por sua vez, não resistia em se perdia em seus braços, com aqueles músculos fortes e duros feito aço. Quando a coisa pegava fogo, ele sempre a pegava no colo e a colocava delicadamente na cama, como se ela fosse alguma boneca de porcelana... isso quando as vezes não a pegava de jeito, a colocava por cima de um dos seus ombros largos, dava um tapa em seu traseiro e a jogava com tudo na cama, como um verdadeiro homem das cavernas. E sabendo que ela já estava pronta para recebê-lo, se encaixava entre as suas pernas e a penetrava bem devagar, para que os dois pudessem curtir o momento. 

Depois do ato de amor, ele a puxava para si, para que ela pudesse dormir ou só se aconchegar sobre ele. Ficavam abraçadinhos, só precisando um do outro. Quando ela já estava bem acomodada, beijava sua testa e dizia: "Eu te amo, minha princesa grega!" 
Agora tudo não passava de meras lembranças... 
Enquanto se perdia em seus pensamentos, sem querer olhou em direção ao prédio vizinho. Notou que alguém a observava. Bom, estava tão triste que não se importou em estar sendo observada... e por um belo homem de cabelos castanhos.  
Teve de admitir, ele tinha belos músculos, firmes e bem torneados, do jeito como ela gosta. Não que ela fosse alguma pessoa fútil, pelo contrário. Mas qual é a mulher que não gosta de ver um homem cheio de músculos bem trabalhados? 
“Minha Nossa Senhora das Partidas Dobradas, que homem é esse?”  
Ele usava apenas uma calça de malha e estava sem camisa. Poderia estar com calor, o que seria um tanto improvável, já que era inverno em Paris, apesar que naquele ano, a estação estava menos rigorosa. Talvez estivesse se preparando para dormir, o que ela também deveria fazer. E estava com uma xícara na mão e a levantou como se estivesse lhe oferecendo a bebida. 

Em outra ocasião, sairia correndo dali com vergonha, mas preferiu ficar ali trocando olhares com o seu misterioso vizinho. E até se atreveu a dar um tchauzinho para ele, o que o deixou muito contente. Ele, por sua vez sorriu para ela, acenando de volta. 
"Até que ele tem um belo sorriso" pensou. Depois ele fez um sinal, dizendo que precisava se retirar para dormir, e ela viu que também precisava fazer o mesmo. Fez um sinal com os dois polegares, entendendo o seu recado. Mas antes de entrar, fez questão de lhe mandar um beijinho. Ele ficou muito do admirado com o seu gesto e fez questão de "pegar o beijo no ar" e guardá-lo em seu coração! 
Helena sorriu com o gesto, se despediu e entrou. Antes de se deitar, deu uma espiadinha entre as cortinas da janela. Mas as luzes do quarto dele já estavam apagadas e as cortinas fechadas. 
Pela primeira vez desde aquele maldito episódio, Helena dormiu bem. Não sabia quem era o seu misterioso vizinho, mas adorou conhecê-lo. Ela estava em Paris, então não viu problema nenhum em arrumar um “amor de viagem” durante este período, como mesmo disse Samantha. Além do mais, foi Luiz quem simplesmente a trocou por outra e nunca se importou em saber se ela ficaria magoada ou não. 

Mas quem será aquele homem charmoso que mora no prédio ao lado?