Capítulo 5
1392palabras
2023-04-10 17:56
Ponto de vista do Alfa River:
Desde que encontrei minha companheira, eu só queria abraçá-la e enchê-la de beijos. Ela podia parecer durona e manter aquela máscara irritante de indiferença no rosto o tempo todo, mas eu e meu lobo, Kaeden, queríamos apenas tratá-la como se ela fosse o ser mais frágil que já vimos. Entretanto, eu estava ciente de que ela não iria gostar disso.
Talvez entre quatro paredes isso fosse possível, mas não em público. Assim que chegamos na alcateia dela, eu a cheirei e precisei dar tudo de mim para não acasalar com ela naquele mesmo instante.

Dei-me conta de que ela percebeu o mesmo que eu quando sentiu o formigamento em sua pele e tentou me cheirar também. Que pena que eu havia camuflado meu odor. Neste instante, pude ver as suspeitas que surgiram em sua mente, fazendo-a levantar sua guarda.
Tinha que admitir que estava impressionado, pois ela era intuitiva e cautelosa.
Ao olhar para suas roupas todas pretas, julguei que ela se vestia de maneira simples e adequada. Não pude deixar de sentir um calor bastante incômodo diante disso. Suas vestimentas junto de sua postura e o olhar de indiferença em seu rosto me fizeram ficar muito excitado. Kaeden só fez piorar minha situação.
Meu lobo fez questão de chamar minha atenção para a fartura de seus seios, embora estivessem escondidos sob a camisa dela. A largura de seus quadris mostrava que ela já estava pronta para conceber nossos filhos. Inclinando a cabeça, tive um vislumbre também de sua b*nda, que parecia bem redonda e firme em sua calça justa.
Eu me senti o lobisomem mais sortudo do mundo. Eu ganhei o pacote completo, apesar de achar que ele havia demorado um pouco para chegar. Ainda assim, ela era minha companheira e eu daria um jeito de fazê-la descobrir meu segredinho.
Eu não consegui tirar os olhos dela durante toda a reunião. Ela havia despertado um sentimento dentro de mim que eu não sabia que existia, mas bastou olhar para ela uma única vez para saber que ela não seria submissa a mim a menos que quisesse. Tinha certeza que isso causaria problemas tanto para mim quanto para ela mesma.

Por mais que soubesse que ela não aceitaria minhas m*rdas como as demais pessoas, ainda poderia trabalhar com isso. No entanto, precisava agradecer à Deusa da lua e ao destino por pelo menos ela não ter puxado a língua afiada da mãe porque, sinceramente, aquela mulher não tinha nenhum filtro.
Enquanto dirigia até minha alcateia, não pude deixar de apreciar o cheiro da minha companheira que invadia todos os meus sentidos. Ela não tinha o odor das mulheres normais, o que era estranho, mas também refrescante. Ela cheirava como terra molhada após uma pancada de chuva com um toque de brasa queimando. Meu lobo achou isso tão agradável que ele não queria mais nada além de afundar seus caninos nela e marcá-la ali mesmo.
Se alguém dissesse que eu era pessoa possessiva, era porque ainda não havia visto o meu lobo. Ele estava em outro patamar nesse quesito. Era impossível imaginar do que ele era capaz até conhecê-lo.
Assim estacionei no território da minha alcateia, automaticamente parei de camuflar meu cheiro. Não pude deixar de sorrir comigo mesmo quando minha companheira inalou minha fragrância e suspirou com satisfação. No entanto, antes que pudesse contornar o carro e abrir a porta, ela já havia saído do veículo.

Inevitavelmente, meu rosto se contorceu em uma carranca, mas ao ver o sorriso dela, soube que ela estava me irritando de propósito. Isso não me acalmou nem um pouco, até porque Kaeden não parava de uivar e rosnar na minha cabeça, ansioso para marcá-la e acasalar com ela.
Com uma mão firme em sua cintura, eu a impulsionei para frente e a observei com espanto conforme ela endireitava a coluna e erguia a cabeça, fazendo-a parecer um pouco intimidadora até mesmo para mim. Ela mostrava a todos que ninguém deveria mexer com ela, o que fez Kaeden uivar com orgulho.
Ele estava orgulhoso por ter uma companheira que conseguia se manter firme, mas logo seus pensamentos se tornaram impuros. Só de imaginar nossa companheira colocando alguém em seu devido lugar ou treinando, fiquei de p*u duro. Entretanto, antes que Kaeden me fizesse passar mais vergonha, eu o ignorei e comecei a pensar em qualquer outra coisa que pudesse acabar com a minha ereção incontrolável.
A primeira imagem que veio à minha mente foi da mãe de Chaos me ameaçando a cuidar bem de sua filha. Caso contrário, ela viria até a minha alcateia e me castraria em público. Funcionou, pois eu brochei em uma fração de segundos.
Aquela mulher era assustadora, e lembrar de suas palavras me fez sentir um arrepio na espinha. Ela me ameaçou com tanto fervor, então, sorriu como se o que tivesse dito fosse apenas uma piada, mas eu sabia que não era.
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Os gritos de minha mãe conforme ela corria porta afora em direção à minha companheira, tirou-me dos meus pensamentos, mas antes que eu pudesse interferir, ela já estava esmagando os ossos de Chaos em um abraço apertado.
Eu só pude observar a cena com uma careta e esperar até que minha mãe a soltasse. Quando Chaos se virou para mim, só pude lhe lançar um pedido de desculpas com o olhar.
Como minha mãe não sabia ser discreta, ela continuou falando sem parar enquanto o resto de nós assistia, achando engraçado o fato da minha companheira estar presa em sua teia. Mas quando ela mencionou o pai de Chaos, soube que ela havia ultrapassado algum limite, pois o sorriso da garota imediatamente desapareceu, dando lugar à sua máscara irritante e indiferente de sempre.
As palavras que ela disse a seguir me deram calafrios e pareceram fazer minha mãe se dar contar de que havia falado demais. Entretanto, antes que ela pudesse se desculpar, minha companheira já havia desaparecido casa adentro. Eu não tive outra escolha senão segui-la.
Para minha surpresa, seu cheiro me levou até o meu quarto, mas não estava pronto para a cena com a qual me deparei assim que entrei no cômodo. Fiquei de coração partido ao sentir toda a dor, tristeza e saudade que emanavam dela.
Ao ver Chaos sentada na minha cama aos prantos, Kaeden uivou de tristeza. Era desesperador ver uma pessoa tão forte como ela desmoronar desse jeito.
Ela não precisava que eu lhe dissesse nada, então, apenas me sentei ao seu lado e a envolvi em meus braços em silêncio. Soube que era disso que ela precisava quando a vi enterrar o rosto no meu peito. Eu a abraçaria por quanto tempo ela quisesse, mas antes que pudesse esperar, ela já estava dormindo.
Após deixar um beijo suave em sua testa, levantei-a em meus braços e caminhei ao redor da cama para deitá-la do outro lado.
Rapidamente, tirei seus sapato e, por mais que fosse amar despi-la e vê-la nua, sabia que ela estava vulnerável e não queria piorar as coisas ao tirar vantagem disso.
Ela jamais confiaria em mim o suficiente para baixar a guarda na minha presença outra vez e não era isso que eu queria. Quando estava terminando de cobri-la, ouvi uma batida na porta.
Como tinha uma noção de quem era, mandei entrar. No momento seguinte, minha mãe atravessou a porta com um semblante triste e culpado.
"Ela está bem? Eu não queria magoá-la. Sinto muito."
Coloquei um sorriso leve no rosto e caminhei em sua direção antes de abraçá-la. "Eu sei, mãe. Você não sabia que este era um assunto delicado e Chaos também tem consciência disso. Agora ela está descansando e vou ficar aqui para lhe fazer companhia. Se não estiver muito tarde quando ela acordar, desceremos para que ela mesma possa dizer isso a você."
"Promete?"
"Sim, mãe... Eu prometo."
Com um aceno de cabeça, ela olhou para Chaos uma última vez antes de sair. Em seguida, eu tranquei a porta e tirei minhas roupas, ficando só de cueca. Após jogá-las no cesto de roupa suja, fui para a cama e me deitei ao lado dela.
Depois alguns minutos parado naquela posição, percebi que não iria conseguir descansar assim. Então, puxei minha companheira gentilmente para os meus braços e inalei seu perfume, o que fez meus músculos tensos relaxarem rapidamente. Em pouco tempo, eu caí no sono.